Paraíba na Vanguarda: Exportações Impulsionam Economia e Redefinem Perfil do Estado

A Paraíba reafirma seu protagonismo no comércio internacional ao consolidar uma expressiva atuação exportadora no primeiro semestre de 2025. Com relações comerciais estabelecidas com 68 países, o estado movimentou cerca de US$ 79,6 milhões em exportações, enquanto as importações somaram aproximadamente US$ 564 milhões, revelando uma balança comercial com forte dinamismo e grandes desafios a serem enfrentados.

Os Estados Unidos se destacam como principal destino das exportações paraibanas, absorvendo cerca de US$ 9,9 milhões em produtos, principalmente sucos de frutas e vegetais, que representam US$ 6,8 milhões desse total. Logo atrás, países como Geórgia (EUA), Argélia e Espanha também aparecem como importantes parceiros comerciais, com volumes próximos a US$ 8 milhões em produtos variados como açúcar, melaço e calçados, demonstrando a diversidade e competitividade dos setores paraibanos.

Além destes, Indonésia, Holanda, Portugal, China, Filipinas e Israel figuram entre os maiores compradores, com valores que variam entre US$ 2,8 milhões e US$ 4,6 milhões. Essa variedade de destinos internacionais evidencia a capacidade da Paraíba de ampliar seus mercados e a adaptação da produção local às demandas globais.

No âmbito dos setores exportadores, o estado destaca-se por sua pauta diversificada, com forte presença nos segmentos de alimentos e bebidas, calçados, açúcar e melaço. Complementam o perfil exportador produtos como soja, minério de ferro, óleos brutos e manufaturados, indicando um setor industrial que combina agronegócio, mineração e indústria têxtil.

Por outro lado, a balança comercial mostra um desequilíbrio significativo: as importações paraibanas superam as exportações em cerca de sete vezes. Os Estados Unidos lideram como fornecedores, especialmente de óleos brutos de petróleo, totalizando US$ 250,8 milhões em importações. A China aparece em segundo lugar, com US$ 86,9 milhões, seguida pelo Uruguai, responsável por cerca de US$ 45 milhões em farinhas e cereais. Esse cenário revela a necessidade de políticas que incentivem a redução do déficit comercial, fortalecendo a produção local para diminuir a dependência externa.

O desempenho exportador se distribui por 21 cidades do estado, com João Pessoa e Campina Grande liderando o volume de embarques. Santa Rita e Cabedelo também figuram entre os principais polos exportadores, apontando para um desenvolvimento regionalizado que abarca diversos setores produtivos, incluindo o alimentício, cerâmico e têxtil.

As perspectivas para a Paraíba no comércio exterior são promissoras, porém dependem de investimentos estruturais essenciais. A ampliação da infraestrutura portuária, melhorias na logística e incentivos à indústria local são pontos fundamentais para sustentar o crescimento das exportações. Além disso, agregar valor aos produtos e diversificar mercados serão estratégias cruciais para ampliar a participação do estado no comércio global.

Em resumo, a Paraíba demonstra seu potencial competitivo no cenário internacional, principalmente em alimentos, bebidas e calçados, mas precisa enfrentar o desafio do desequilíbrio comercial por meio de políticas integradas e investimentos estratégicos. Com ações focadas em infraestrutura, inovação e expansão de mercados, o estado poderá fortalecer sua economia, reduzir déficits e consolidar sua posição como protagonista no Nordeste brasileiro e no comércio exterior.